O céu cada vez mais azul,
o azul a nascer do branco,
enquanto o silêncio da criança cresce entre paredes.
Há uma página de jornal encostada à berma,
a queimar com poemas ilegíveis contra o sol.
Tudo parado,
com os olhos das mulheres domésticas
por detrás das janelas a observarem,
à espera do momento certo.
Alguém faz um desenho na margem de um livro antigo.
Como um latido cansado a ecoar no espaço,
a ideia de rasgar velhos documentos,
a identidade e coisas assim,
velhas decisões.
Depois, o brilho e a cegueira.
Numa rua de Olhão, à uma da tarde, eu pensava nos meus sentimentos transviados.
Sem nuvens.
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Gosto muito!
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