Quero acabar com a memória
Entregar todo o meu passado
e o dos outros
Ao esquecimento onde, no fim de contas,
Tudo vai acabar.
Mas a memória levanta-se
Como um nevoeiro durante a noite
Enche-me os sonhos de rostos
De corpos que imprimem a sua realidade,
Sem se apartarem de mim,
Nas sensações vivas do meu corpo.
E quando acordo
Pergunto-me onde estará
O espírito daqueles que
Abandonaram o seu corpo no meu.
Pergunta irrespondível
Cuja única utilidade é amparar-me
Na fragilidade onde me vou movendo
Até o espírito conseguir ficar quase tão
Aprumado como as minhas
Pernas, o meu tronco, a minha cabeça,
O bater do meu coração.
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Gosto muito!
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